quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Ele (Mini conto)


Prometi a mim mesma que não cederia mais a nenhuma investida dele, que rouba meus sentidos mais idealistas que possuo.
Não faço o tipo menina mimada nem carente, sou segura dos meus passos e atos. Digamos uma mulher independente e de ações!
Mas o que fazer com Ele?
Ele me deixa como a mais Amelia das Amelias e isso me irrita.
Decidida tomei meu Gim-tônica e fui...
Lá estava Ele; Altivo, lindo, perfumado e o mais seguro de si possível!
Claro ele sabia mergulhar em minha alma apenas olhando no fundo dos meus olhos, então eu sempre evitava tal contato.
Mas hoje não tinha jeito, eu sabia que por mais que tentasse ele me roubaria o script e daria outro fim ao espetáculo.
Trocada todas as falas e eu me perdendo entre elas, seguimos em frente com nosso teatro onde eu disfarçava o que desejava e ele que não percebia minha linguagem corporal...
E no fim quando achei que as cortinas se fechariam e eu voltaria ao meu camarim, Ele bandido e sórdido entra em cena pressionando meu corpo contra a parede e puxando meu cabelo para trás me chamando de sua PUTA xucra e arredia.
O meu corpo lutava contra e a favor daquele momento, e minha alma fugiu indo correr a maratona em outro lugar.
A rua lugar público onde os mortais circulam se tornava apenas cenário onde Ele me dominava mergulhando seus lábios em meus beijos e seus dedos entre minhas pernas entrando e saindo de mim.
Então você me diz que eu deveria sair daquela situação e me valorizar, certo?
Se sou tudo que mencionei ali em cima seria o ato que mais fecharia com esse tipo que afirmo ser, porém eu lhe afirmo que lutei contra o corpo mas se bem lembra mencionei que minha alma partiu deixando apenas a loba no cio.
Então desfrutei sim, gozando em seus dedos como uma putinha barata na rua.

Alma das Rosas