sexta-feira, 27 de março de 2015

O Inferninho da madame Sônia


..E foi no interior que cresci, não tinha muita novidade e nem muito o que fazer.
E  você bem sabe como é a adolescência: queremos nos afirmar e provar o novo.
Então eu e os moleques pegávamos as bicicletas e íamos para o único lugar que era atração para nossa idade: “O Inferninho da madame Sônia”...
Moleques por assim dizer, pois tínhamos de 15 a 17 anos e não podíamos frequentar o perfumado inferninho...
Como morávamos distante daquela atração, que nos roubava a maior parte do dia em articular nossos infalíveis planos para poder entrar lá, ficávamos loucos para as horas se passarem o mais depressa possível e a tardinha viesse logo.
A tensão era sempre grande nas noites de sábado: era o único dia em que podíamos fugir para espiar o inferninho, já que Douglas, nosso amigo de escola morava mais próximo. Pedia-mos autorização a nossos pais para dormir na casa dele, com a desculpa de estudarmos para as lições, alegando que a matéria estava puxada para o 2º ano e que esse nosso amigo era o melhor da turma.
Pobre rapaz, era o pior da classe, mas isso não vem ao caso: sempre conseguíamos aplicar nosso infalível plano e ir espionar o Inferninho.
Pegávamos as bicicletas e íamos de casa em casa,  afim de juntar toda a turma, que era: eu, Mauricio, José, Henrique e o Douglas.
Mauricio era do tipo boa pinta e já tinha os 17 completos. Breve, breve poderia ir no inferninho, estando estava ansiosamente contando os meses para o seu aniversário. José e Henrrique tinham 16 anos, eram gêmeos, mas não eram parecidos. Já  o Zé era mais alto,  e o Rique era o piadista da turma
O Douglas era o gordinho bacana,  que fazia o tipo bobão. Eu e ele tínhamos 15 anos na época: o rosto com espinhas e aquele bigode meio falhado.
Enfim, nos juntávamos e íamos ao inferninho tentar espiar pela janela aquelas mulheres seminuas passavam rebolativas de um lado para o outro (analisando hoje, elas não eram bonitas, mas na época eram as deusas de nossas punhetas).
Ah!... As punhetas da tarde de sábado: só de pensar fico de pau duro!
Mas o dia fatídico foi quando a polícia resolveu dar uma batida no Inferninho da madame Sônia, e nós estávamos espiando pela janela.A polícia entrou prendendo todo mundo. Eu e os moleques saímos em disparada para nossas bicicletas, cada um pra onde deu pra fugir
Peguei a direção oposta dos meninos, e me joguei num mato ali próximo. Estava apavorado e não conseguia me mexer.
Foi quando vi a imagem mais linda da minha vida: uma moça corria de lá de dentro, o vestido vermelho de botão semi-aberto, seus seios saltando dele.
Ela vinha na minha direção, e caiu por cima de mim. Eu a abracei como se fosse um presente.
Ela me esbofeteou na cara e gritou:” Hei, moleque o que é isso?!”
 Então, respondi:”desculpe moça! Vi que correu lá de dentro e quis apenas ajuda-la a se esconder aqui “.
Dai ela disse: “Tudo bem mais o que faz aqui?”
 Respondi o  mesmo que você! Olha, conheço tudo nessa mata, e se você ficar aqui, eles te pegam. Vem que te levo para uma gruta onde pode passar a noite.
E assim eu fiz: levei a moça pra gruta,  onde nos escondíamos do mundo e ninguém nos achava.
Ela era morena cor de jambo, olhos amendoados, cabelos longos e ondulados, e tinha a minha altura mais ou menos. E o corpo mais lindo que já toquei.
Ela caminhava atrás de mim. Eu podia ouvir o roçar de suas coxas,  que ainda deviam estar meladas do gozo de minutos atrás.
Então disse a ela: é aqui...
Ela perguntou minha idade. É claro que menti e disse: “17, faço 18 mês que vem”.
Ela respondeu: Então te darei meu presente de aniversário adiantado: abriu o zíper da minha calça, tirou meu pau e chupou.
 Era mágico! Nem todas as punhetas tocadas naqueles anos e nem todas as chupadas depois daquela foi igual.
Fiquei duro, e me segurava pra não derramar tudo ali.
 Dai ela se apoiou na pedra que parecia um banco, levantou o vestido vermelho e disse: “vem mete aqui!” E enfiava os dedos na buceta cabeluda,  enquanto eu olhava boquiaberto.
 Meti desesperadamente.
Então ela me disse: “Com calma, querido”. “Assim você nem aproveita!”
 Ensinou-me o ritmo: eu chupava seus peitos enquanto metia.
 Ela, (lembro até hoje!) cheirava a jasmim: um perfume forte que entrava na minha mente e pele.
E eu metia mais rápido, e mais rápido. Quando senti que ia gozar ela pegou meu pau e chupou. Eu gozei em sua boca aveludada... Eu suava e urrava. Foi melhor gozo de todos.
Ela me mandou pra casa, dizendo que ficaria ali até pela manhã.
De manhã fui procurá-la com um café, pão e bolo, mas ela havia partido.
Os meninos não acreditaram no que contei.Fiquei conhecido como o “Chico Mentiroso”.
O inferninho foi fechado, crescemos, o tempo passou.
 Hoje sou Dr. Francisco, psicólogo reconhecido, mas não consigo tirar da minha memória a putinha do vestido vermelho, cor de jambo e cheiro de jasmim.

Alma das Rosas

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